ENDE ENCONTRAR A DEUS?

Desde que surgiram as primitivas civilizações os homens buscam se encontrar, numa tentativa constante de explicar sua origem e conseqüentemente seu fim. Trilharam vários caminhos; subiram às alturas, descera às profundezas, navegaram em profundos oceanos, mas não conseguiram sair das superfícies da ilusão. Um olhar retrospectivo na história do homem leva-nos a perceber que o mesmo tem vivido sufocado dentro de si, sem saber a verdadeira razão por que vive.


Certo filósofo alemão, acostumava reservar-se para suas meditações, e, um dia estava assentado num parque em Berlim, e não percebeu que a hora de recolher-se havia chegado, quando um guarda, julgando-o um desocupado que tentava passar a noite ali, aproximou-se e perguntou-lhe:

Quem é você? De onde você vem? Para onde você vai?

Responde o filosofo calmamente:

Isto é exatamente o que tenho me perguntado há quarenta anos, e ainda não tive resposta.

Imagine quantas pessoas não tem se perguntado, e inutilmente se questionado sobre isto. No passado, o divã dos filósofos foi o palco de espera da tão sonhada resposta, mas um emaranhado de conclusões complicou ainda mais e expectativa de se solucionar este problema.

Desde os primeiros passos dos homens no mais remoto passado surgiram idéias férteis na cabeça dos primitivos que marcaram a história antiga e até hoje conservamos como herança algumas crenças. Hoje acreditamos que o homem moderno evoluiu, e que já é capaz de desvendar todos os enigmas da vida. Porém, não pode jamais se divorciar da religiosidade, pois é um animal religioso por natureza. Sendo assim, toda interpretação que se fizer sobre a vida, torna-se tendenciosa, visto que, é a crença (e não a razão) que dá o veredicto final da questão.

Quanto mais o homem evolui, mais se torna religioso, talvez isto seja a prova da origem divina do homem. Em plena era dos avanços tecnológicos, da clonagem, dos transplantes de órgãos e da Internet, milhões de pessoas buscam apoio em “uma força superior” que comande todo o Universo, inclusive suas próprias existências. No Brasil, mais de 90% da população crê em Deus, segundo dados preliminares do Censo 2000, divulgados pelo IBGE em maio de 2002. Nos Estados Unidos, essa porcentagem já ultrapassa os 96%. Nos últimos dez anos, foram criadas cerca de 100 mil novas religiões no mundo. Os números não deixam dúvidas de que o poder da fé é global e que, ao contrário do que se acreditava no início do século 20, nem mesmo a secularização da educação, aliada ao avanço da ciência e da tecnologia, foram suficientes para diminuir a presença de Deus na vida humana.

Por que essa necessidade de Deus? Algumas das hipóteses formuladas por filósofos e cientistas sociais, ao longo da História e, recentemente, pela medicina e psicologia, podem ser um bom caminho para ajudar a encontrar essas respostas. Infelizmente, uma boa porcentagem da fé universal em Deus está desvirtuada pela não compreensão do ser eterno e, por isto, ha várias definições às vezes antagônicas. É certo que o Deus que afirmamos conhecer nada sabemos sobre Ele.

Desde o mais remoto passado na história da humanidade que o homem, embora crendo em Deus, vem interrogando-se a si mesmo, dizendo:

Quem é Deus?

Qual o verdadeiro Deus?

Existe realmente um Deus que criou todas as coisas e que governa o universo?

Todos os deuses têm poder?

Existem os demônios?

Satanás é uma pessoa real?

O homem precisa realmente de Deus?

Se procurarmos investigar a história dos homens, percebemos que Deus, os deuses, anjos e os demônios estão sempre presentes nas crenças e nos rituais cultual. São tantas divindades, espíritos e crenças que se não tomarmos cuidado acabamos nos tornando cépticos, ou melhor, ateu.



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